Entendendo a Medicina Moderna e a Medicina Tradicional Chinesa.
Para quem trabalha com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) muitas vezes se depara com os tais Fatores Patogênicos. Eles seriam, resumidamente, condições climáticas, ambientais, mentais, alimentares (dentre outros) que causariam os desequilíbrios em nossa saúde. Em cima disso, há um entendimento simplista que gostaria de comentar e discutir.
Muitos entusiastas (sem conhecimento de fisiologia, farmacologia, anatomia, anamnese) acabam por menosprezar tais diagnósticos e os usam como se fosse algo lúdico, místico, fantasioso, mas esquecem do que há de conhecimento científico por detrás de tudo isso. Isso tem ludibriado autoridades nas esferas legislativas a ponto de convencê-los de que a MTC pode ser aplicada por um público leigo ou, quem sabe, àqueles estudiosos que se dedicam a estudos da Acupuntura, mas não tem o preparo médico para tal avaliação.
Gostaria de citar um exemplo.
Há um fator patogênico chamado Umidade na MTC, cujos sintomas são sensação de peso, desconforto, lentidão, acúmulos teciduais. Nesse aspecto, o leigo entende que há pontos e formas de tratamento - como numa receita de bolo - e passa a aplicar no paciente. Mas o que há por trás disso? Hoje há estudos mais elaborados e podemos identificar quais seriam essas substâncias e fechá-las com o diagnóstico da Medicina Moderna (MM) e fazer um tratamento aprofundado, além do tratamento clássico apontado pela MTC. O Problema é que, durante o tratamento sem essa visão da MM, o paciente pode perder um tempo precioso na identificação de seu problema e subtratar sua doença. Citarei um exemplo:
RMM, de 55 anos, casado, iniciou com dores e inchaços nos pés e nas mãos, com vermelhidão. Na anamnese, disse ter intestino preso, mas solta com frequência fezes amolecidas, aumento de peso nos últimos 10 anos. Pouca sede.
Se parássemos por aqui, esse paciente sairia com o diagnóstico da MTC de Umidade Calor e trataria com pontos como: IG11, Ren9, BP9, BP6, IG4, F3 dentre outros.
Só que, com a visão da MM, poderíamos pedir exames para identificação de gota, o que ocorreu e confirmou no caso a cima. Esse paciente teve que tratar com medicação (colchicina, corticoides etc), foi orientado com dietas e teve as sessões de acupuntura realizada. Melhorou em 2 meses. A partir da alta, aprendeu a controlar com as orientações alimentares e algumas medicações dadas e foi orientado a voltar caso as crises ocorressem novamente.
Mas e se não tivesse usado a medicação? Gota é uma doença progressiva, que se dá em crises, mas as consequências podem ser devastadoras, deformantes e incapacitantes.
Lógico que a ideia é usar o mínimo possível de alopatia, mas há casos que é inevitável, ou as chances de complicações são muito grandes. Esse caso foi só um exemplo!!
Todos os DIAGNÓSTICOS DA MTC, PADRÕES, FATORES PATOGÊNICOS não é apenas uma figura de linguagem! Tem uma gama de possibilidades de doenças que só um médico é capacitado a diagnosticar e tratar.
Espero ter colaborado no esclarecimento dos riscos de se tratar com pseudos profissionais que, iludidos com as promessas de escolas de segunda linha, tentam vender a ideia de que a MTC possa ser realizada por qualquer um que a escolha, mas que não tenha a devida capacitação.
Muitos entusiastas (sem conhecimento de fisiologia, farmacologia, anatomia, anamnese) acabam por menosprezar tais diagnósticos e os usam como se fosse algo lúdico, místico, fantasioso, mas esquecem do que há de conhecimento científico por detrás de tudo isso. Isso tem ludibriado autoridades nas esferas legislativas a ponto de convencê-los de que a MTC pode ser aplicada por um público leigo ou, quem sabe, àqueles estudiosos que se dedicam a estudos da Acupuntura, mas não tem o preparo médico para tal avaliação.
Gostaria de citar um exemplo.
Há um fator patogênico chamado Umidade na MTC, cujos sintomas são sensação de peso, desconforto, lentidão, acúmulos teciduais. Nesse aspecto, o leigo entende que há pontos e formas de tratamento - como numa receita de bolo - e passa a aplicar no paciente. Mas o que há por trás disso? Hoje há estudos mais elaborados e podemos identificar quais seriam essas substâncias e fechá-las com o diagnóstico da Medicina Moderna (MM) e fazer um tratamento aprofundado, além do tratamento clássico apontado pela MTC. O Problema é que, durante o tratamento sem essa visão da MM, o paciente pode perder um tempo precioso na identificação de seu problema e subtratar sua doença. Citarei um exemplo:
RMM, de 55 anos, casado, iniciou com dores e inchaços nos pés e nas mãos, com vermelhidão. Na anamnese, disse ter intestino preso, mas solta com frequência fezes amolecidas, aumento de peso nos últimos 10 anos. Pouca sede.
Se parássemos por aqui, esse paciente sairia com o diagnóstico da MTC de Umidade Calor e trataria com pontos como: IG11, Ren9, BP9, BP6, IG4, F3 dentre outros.
Só que, com a visão da MM, poderíamos pedir exames para identificação de gota, o que ocorreu e confirmou no caso a cima. Esse paciente teve que tratar com medicação (colchicina, corticoides etc), foi orientado com dietas e teve as sessões de acupuntura realizada. Melhorou em 2 meses. A partir da alta, aprendeu a controlar com as orientações alimentares e algumas medicações dadas e foi orientado a voltar caso as crises ocorressem novamente.
Mas e se não tivesse usado a medicação? Gota é uma doença progressiva, que se dá em crises, mas as consequências podem ser devastadoras, deformantes e incapacitantes.
Lógico que a ideia é usar o mínimo possível de alopatia, mas há casos que é inevitável, ou as chances de complicações são muito grandes. Esse caso foi só um exemplo!!
Todos os DIAGNÓSTICOS DA MTC, PADRÕES, FATORES PATOGÊNICOS não é apenas uma figura de linguagem! Tem uma gama de possibilidades de doenças que só um médico é capacitado a diagnosticar e tratar.
Espero ter colaborado no esclarecimento dos riscos de se tratar com pseudos profissionais que, iludidos com as promessas de escolas de segunda linha, tentam vender a ideia de que a MTC possa ser realizada por qualquer um que a escolha, mas que não tenha a devida capacitação.
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