Remédios ou "Cala-boca-corpo"?

Pode parecer uma teoria de conspiração, mas já se perguntaram qual a real eficácia da maioria dos remédios? Eles curam?

Pois é... os remédios mais consumidos no mundo receitados por vários médicos e, pasmem, por balconistas de farmácia, são em sua grande maioria remédios sintomáticos, isto é, remédios que apenas acabam com os sintomas mas não mechem na causa. A esses remédios, chamarei carinhosamente de "Cala-boca-corpo". Não que sejam terríveis e cruéis, são apenas remédios que na hora em que o paciente precisa de um conforto, possibilitam o bem estar para que este indivíduo execute suas funções diárias normalmente.

Mas agora imagine uma pessoa com prisão de ventre cujo intestino só funciona com aquele remedinho laxante. "O CORPO" dessa pessoa está tentando dizer algo a ela, neste caso um "tome mais água" ou quem sabe "coma mais fibra" ou até mesmo "pare com tanto tempero que está me deixando irritado!". Ele está tentando nos avisar, mas preferimos usar um "cala-boca-corpo" pois temos coisas mais importantes para nos preocupar. Tudo bem, o corpo não fala, mas há profissionais treinados para interpretar esses sinais. Mas onde estão esses profissionais? Pois é... costumavamos chamá-los de médicos, mas isso remete a minha 'teoria de quase conspiração'.

Antes de chegar a essa teoria abertamente, gostaria de dizer que NÃO são todos os profissionais das área que citarei que são mal intencionados, mas doravante terei que denominá-los para poder ilustrar bem a situação.

Quem são os protagonistas?

De um lado temos os Laboratórios, responsáveis por desenvolver as drogas.

Do outro os Médicos, responsáveis por estudar, conhecer, diagnosticar e tratar seus pacientes.

Intermediando, temos os representantes dos laboratórios, que são encarregados de levar os novos medicamentos para o conhecimento dos médicos que, por mais que tenham estudado, e não pode ficar 24h pesquisando sobre os inúmeros novos medicamentos que saem no mercado. Os representantes não possuem, em sua grande maioria, alguma formação na área da saúde.

Como isso funciona?

Simples

Imaginem que O Laboratório cria uma medicação que mostra ter funcionamento para um certo sintoma, mas que ainda não conhecem seus efeitos adversos completamente.

Então, o Laboratório ensina aos seus representantes as estatísticas das pesquisas de seus medicamentos aos representantes. Esses tem a missão de conquistar clientes e devem ser o mais convincente possível para tornar a imagem do medicamento melhor que qualquer outro no mercado. Como esses vendedores não precisam ter formação na área de saúde, também não são responsáveis pelas informações que passam. Aqui surge a primeira falha.

O Médico acha que aquele medicamento é completamente inovador e passa a prescrevê-lo.

Pois é... para complicar, alguns médicos são seduzidos pelas inúmeras vantagens de prescrever o tal medicamento (como jantares, viagens para congressos) e seguem sem questionar se há alguma outra alternativa para o seu paciente.

Com o tempo, sutilmente, o conceito de prescrever medicamentos vai se tornando o real conceito de uma consulta - "Fui no médico e ele não me prescreveu nada! Que ruim!"

Os profissionais que cresceram vendo os remédios tomarem conta dos consultórios viram que prescrever o remédio custavam-lhe menos tempo. Imagine o tempo que levavam as orientações nutrológicas, terapias funcionais e o que vemos hoje em dia é a famosa frase "Ah, doutor, isso demora muito! Não tem um remedinho aí pra parar logo com esse problema?".

Esse conceito ficou tão forte na boca do povo e no conceito da medicina que nos anos 70 a Nutrologia e Fisiatria pararam de ser dadas como matérias básicas nas faculdades em grandes partes do mundo.

Concluindo...

Conheça bem o seu médico e o questione sobre soluções que não só melhoram seu bem estar mas como evitar que o problema volte. Duvide daqueles que fazem consultas “fast-food” ou analogicamente falando “fast-drug”.
Tenha um médico que conheça bem você e sua familia.
Lembre-se, velhice não é para ser vivida com pesar e sim com saúde: cuide de seu organismo até lá.

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