Resistência às mudanças alimentares.

Muitas vezes vejo pacientes entrarem no consultório com a esperança de serem tratados de suas dores. Conforme a consulta se segue, sempre chega ao ponto onde pergunto sobre a alimentação. Interessantemente as respostas tem sido: “como bem, doutor”, “faço questão de comer um pouco de tudo” ou até mesmo “como tudo o que é saudável”, o que me contenta e me faz seguir a diante.
Ao finalizar as questões corriqueiras da consulta (anamnese) noto que muitas vezes o quadro de queixa não bate com hábitos adotados pelo paciente. A conclusão é simples, pois a maioria dos problemas não surge do nada quando se trata de saúde. Então começo a investigar mais a fundo. Percebo então que, o que era para ser uma alimentação saudável, revela-se um caos.
Isso me faz refletir sobre como somos bombardeados por propaganda enganosa mesmo quando procuramos optar por uma alimentação mais saudável. Barras de cereal com chocolate, pães integrais com apenas 10% de trigo integral e cheio de açúcar, presuntos com menos sódio e por aí vai.
Quando começo a contar aos pacientes de como estão enganados a respeito de alguns alimentos logo recebo críticas. Sim, críticas! Pois foram para uma consulta tratar problemas, e não mudar suas dietas.
Só que a grande questão é que os problemas de saúde são CONSTRUÍDOS! Obviamente que não estou falando daquelas doenças genéticas ou congênitas, mas sobre as comuns do dia-a-dia, como dores musculares, alergias, inflamações, baixa imunidade. Sim, essas moléstias são construídas! Pequenos erros nos hábitos alimentares, ao longo do tempo, acumularão gerando problemas orgânicos maiores. Se isso é verdade para pequenos excessos de calorias (como no caso da obesidade), não seria diferente para acúmulos de outros tóxicos em nosso corpo.
Somos seres auto curáveis, mas desde que não atrapalhemos o nosso corpo e que tenhamos tempo, condições e nutrientes para que isso aconteça! Mas nos casos desses problemas descritos acima, o acúmulo de substâncias tóxicas no nosso corpo se dá numa velocidade maior da que conseguimos eliminar. E cada pessoa tem uma velocidade diferente.
Costumeiramente nos vemos perdidos com tantas propagandas nos vendendo a saúde ideal com o produto errado. Não culpo as propagandas, pois estão vendendo o seu produto e ninguém vende mostrado o lado ruim. Mas cabe a nós sermos o filtro dessas informações.
Abrir mão dessas guloseimas é um ato sobrehumano para o conceito comum, e chega ser ofensivo aos demais que estão a volta que não optaram pela mesma dieta. Isso torna mais difícil de alguém questionar a si mesmo. “Sera que mudar a dieta é o caminho?”.
A alimentação é um ato social sim, mas oriento meus pacientes a não deixar de ir a tais eventos. Apenas fortaleço a idéia de não fazerem parte de envenenamentos coletivos.
Sem consciência, somo levados como uma onda aos erros comuns do dia-a-dia, e acabamos por nos apegar a esse “efeito manada”. Quase como se quiséssemos ser enganados para poder consumir o que nos faz mal (mas é gostoso) sem peso na consciência.

Quais os alimentos bons? Quais são os ruins? Bom...  isso é uma questão para uma outra conversa.

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